These are my lips , but they whisper sorrow
This is my voice , but it's telling lies
I know how to laugh , but I don't know happiness
And I must confess , instead of spring , it's always winter ...
Madonna (1994)
O que fazer quando apesar de termos a certeza que amamos alguém , sentimos que a nossa relação está a cair na rotina, que apesar de constantes mudanças na vida conjunta, de passos gigantes em frente, o "termóstato " parece ter parado?
O que fazer quando a vida sexual de um casal feliz começa a não ser satisfatória? O que fazer quando sexualmente precisamos, de mais, de coisas novas, de outras experiencias, de outras sensações e não as temos? O que fazer quando nem sequer temos a coragem de dizer ao outro que precisamos de tudo isto, simplesmente porque pensamos que vamos ser mal interpretados, tidos como desajustados ou tarados sexuais? O que fazer quando sentimos ou pensamos que o outro jamais embarcará em novas fantasias mais estranhas ou mais ousadas? O que fazer quando o "à vontade" de outrora parece não estar presente? O que fazer quando não sabemos bem o que procuramos, ou o que nos faz ficar frustrados?
Hoje, depois de um "alucinante" dia de trabalho, sinto-me perdido nos labirintos escuros do meu "jardim Secreto". Busco respostas para perguntas, que vendo bem, nem eu sei quais são... Hoje queria ficar aqui, neste jardim escuro e tenebroso, mas que outrora já vi florido... Queria que a vida lá fora parasse esperasse por mim, por um novo eu, nem o "A", nem "B "...
Hoje queria saber O QUE FAZER...
Não escolhi a peça que fui ver, como é hábito e natural. O que me levou ao teatro foi mesmo o facto de conhecer um dos actores da peça. Pouco sabia acerca de "La Strada ", a peça que fui assistir.
Mas que agradável surpresa...
La Strada trata-se de uma adaptação livre do filme de Fellini , onde 5 actores representam a história "trágico-cómica ", de uma rapariga, Gelsomina , que é vendida pela sua mãe a um saltimbanco, Zampano , que vagueia pelo país, apresentando aqui e ali, o seu número da corrente. Gelsomina acaba por se tornar sua assistente e entre eles nasce uma relação peculiar. Vão-se cruzando pelo seu caminho uma série de personagens, com as suas próprias histórias, que acabam por suportar a trama central da peça.
"La Strada" foi uma peça que me surpreendeu pela positiva, repleta de excelêntes representações, que despertaram os meus sentimentos , tendo em alguns pontos me levado à emoção. Dessas representações destaco a de "Gelsomina " e do "Louco". O final não é feliz, mas realista, tal como eu gosto.
Visualmente gostei, tocou-me, fez-me sentir coisas... e a isso eu chamo arte...
Making of do calendário Les Dieux Du Stade ...
A que propósito? Porquê?
Porque são verdadeiros deuses gregos!!! Porque é uma colectânea de sensualidade...
O teatro surgiu na minha vida um pouco por acaso, por intermédio do meu rapaz, que por ter muito jeito para as artes performativas, decidiu entrar para uma companhia de teatro amador. Algum tempo mais tarde, e porque estavam a precisar de um actor para um papel masculino, ele tentou convencer-me a preencher esse lugar.
Inicialmente achei a ideia absurda. Não me estava a ver em cima de um palco, a representar para um público, para pessoas desconhecidas. Achava que tinha todas as características que um actor não deve possuir: Tímido , introvertido, envergonhado, um tom de voz baixo...
Mesmo assim, a pressão foi tal, que decidi experimentar, não com o objectivo de me tornar num actor, mas sim numa tentativa de evoluir como pessoa, numa tentativa de combater a minha timidez, a minha introversão. Assim encarei o teatro quase como um processo evolutivo, de auto-desenvolvimento , um desafio e aceitei a proposta.
Ainda bem que aceitei. Actualmente penso que o teatro foi uma das experiencias mais enriquecedoras que já tive...
Tive a sorte de encontrar um grupo fantástico. Conheci pessoas incríveis e aprendi muito com elas... não só técnicas relacionadas com representação, muito mais que isso...uma verdadeira lição de vida! Juntos já partilhamos momentos verdadeiramente marcantes!
Consegui também alcançar o meu objectivo inicial. Actualmente sou muito menos introvertido , mais descontraído e mais alegre até. Não que não o fosse anteriormente, mas poucas vezes me permitia demonstrá-lo. Confesso que esta mudança não foi fácil . Recordo os meus primeiros tempos com a companhia, em que tremia por dentro só de pensar que o encenador me poderia pedir que criasse qualquer coisa em frente a toda a companhia. Os exercícios de expressão corporal eram um verdadeiro pesadelo. Exprimir-me com o meu corpo através do movimento, da dança, demonstrar os meus sentimentos de uma forma tão física sempre foi uma coisa que nunca me deixou à vontade. Obrigado P., conseguiste o impossível ...
Já fui um guerreiro apaixonado, movido pela força do Minotauro, no "Sonho de uma noite de verão", um Judeu avarento, em busca da salvação, no "Auto da barca do inferno" e brevemente serei um Major que não o é verdadeiramente em "A Ratoeira"...
Actualmente, a trabalhar o meu terceiro papel, a criar a minha terceira personagem, sinto que jamais abandonarei o teatro. O gozo de construir alguém partindo de um simples texto, com o seu jeito próprio, com a sua postura, tiques, forma de estar e de sentir é um desafio ao qual é impossível virar as costas. Encontrar coisas para uma personagem, experimentar coisas novas, sentimentos novos e dar-lhe o nosso cunho pessoal é um processo mágico. Aquela sensação de entrar em cena e de me deixar ir, de encarnar a personagem e deixar fluir tudo que temos cá dentro, todos os sentimentos e emoções, está a tornar-se viciante...
You can call me a sinner
Or you can call me a saint
Celebrate me for who I am
Dislike me for what I ain't
Put me up on a pedestal
Or drag me down in the dirt
Sticks and stones will break my bones
But your names will never hurt
This is who I am
You can like it or not
You can love me or leave me
Cause I'm never gonna stop
No no
You know
Madonna (2005)
Quem sou? Não sei...
Alguém muito próximo de mim, o "meu rapaz" descreve-me... ASSIM...
Físicamente : Bom como o milho!
Melhor frase: "Eu concordo comigo!"
Em casa: Deixa para amanhã o que pode fazer hoje
No trabalho: Profissional, pontual, responsável, empenhado.
Sentir... : Introvertido, passando a extrovertido depois de ter bastante confiança com quem o rodeia. Pessimista por natureza, mas quando quer, transforma o pessimismo num objectivo a atingir e aí nada a fazer: Só vai descansar quando alcançar o objectivo. Pensamentos perversos . Muito sexual.
Família: A família existe... E ele gosta dela... Mas exceptuando a irmã, mantém um relacionamento distante...
Os amigos: Quando gosta gosta, e não há nada a fazer. Quando não gosta, não gosta e também não há nada a fazer. Prestável qb .
No que toca a vestir: Sofisticado qb , com tendência a ser cada vez mais informal
Música: Madonna ... E tudo o resto é paisagem!!!
Na relação: Quando gosta, gosta. Possessivo. Ciumento. Dependente. Amor forte. Pouco expressivo. Pouco inesperado.
Pedra no sapato da sua vida: A morte da mãe
Uma história inacabada: Relação com o pai
Maior frustração : Ter crescido em S. B.
Maior alegria: Ver Madonna ao vivo
Maior tristeza: Morte da mãe
Surpresa: Teatro
Cor preferida: Preto
Hobby preferido: Viajar
Maiores qualidades: Respeitador, sensível, prestável e responsável
Maior defeito: Vingativo
Sonho: Ser reconhecido, ganhar bem, conhecer pessoalmente a Madonna e partilhar a vida com o seu lindo :))
O que mais o irrita: Ser pressionado!
...Simplesmente como ele me vê...
É curioso como ainda consigo surpreender-me comigo mesmo...
Não me considero patriota, nunca o fui. Não sei a letra do hino, nunca o cantei com a mão sobre o peito, nunca senti a força que dizem existir naquelas palavras. Não gosto da bandeira e por ela acho que jamais jurarei seja aquilo que for...
Apesar de tudo isso, quando regressei de viagem, assim que pisei terra lusa, depois de uma semana fora deste cantinho à beira mar plantado, senti uma forte vontade, desejo até, de ouvir algo genuinamente português... as palavras do Pessoa, a voz da Mariza , o som das cordas da guitarra portuguesa...
A verdade é que me encheram a alma, tranquilizaram-me e fizeram-me sentir aquela agradável sensação de regresso a casa, aquela plenitude que se desfaz num suspiro...
Que estranha vontade... A verdade é que foi a primeira coisa que fiz... Não reprimo o meu lado melancólico, saudosista, pessimista , triste e tão negro como o fado, mas a verdade é que a força com que se manifestou neste regresso a casa, surpreendeu-me...
Contraditório, não?!?!?!
Com muita pena minha, ultimamente não tenho entrado muitas vezes no meu jardim secreto! Ou melhor... tenho, não tenho tido tempo é para escrever!!!
Estou em Paris e a cidade continua encantadora, com o mesmo brilho, a mesma luz e a
mesma beleza da primeira vez que aqui estive.
Por agora dou entrada apenas de uma foto que tirei hoje, há muito pouco tempo atrás.
Detalhes da viagem , aventuras, reflexões e entradas no meu secret garden , aqui pela cidade da luz, deixo para quando regressar...
À bientôt !!!
Quem sou? Um fogo-fátuo, uma miragem...
Sou um reflexo... um canto de paisagem
Ou apenas um cenário! Um vaivém
Como a sorte: hoje aqui, depois além!
Sei lá quem sou? Sei lá! Sou a roupagem
De um doido que partiu numa romagem
E nunca mais voltou! Eu sei lá quem!...
Sou um verme que um dia quis ser astro...
Sou estátua truncada de alabastro...
Uma chaga sangrenta do Senhor...
Sei lá quem sou?! Sei lá! Cumprindo os fados
Num mundo de maldade e pecados,
Sou mais um mau, sou mais um pecador...
Florbela Espanca
Muitas vezes, na solidão dos dias, na escuridão e tranquilidade da noite, perdido, à deriva nos corredores do meu jardim secreto, dou por mim a pensar quem realmente sou...
A fronteira entre o meu lado"A" e o meu lado B " é tão ténue que ambos as partes se misturam, através de uma fina e quase invisível membrana que possivelmente é a imagem mais real do que eu verdadeiramente sou.
Nestes momentos sou lançado num turbilhão, numa verdadeira batalha campal: empurrado por um dos lados, sugado pelo outro, escorraçado de um lado, ferido pelo outro, aliciado por um lado, condenado pelo outro, atraído para um lado, julgado pelo outro... Tento abstrair-me e objectivar-me. A agitação e a incerteza por vezes é tamanha que em impulsos violentos, chego a ferir e a destruir as "flores" mais bonitas, os "arbustos" mais viçosos deste jardim, que não é mais do que a minha vida.
No meio desta guerra titânica , entre os meus dois mundos, acabo por não saber quem sou... procuro nos recantos mais escondidos, nos mais escuros, nos mais esquecidos do meu jardim. Perco-me neles, mas nunca encontro a resposta que procuro. Aquela resposta clara e objectiva, sintética e precisa... Quem sou? Não sei...
O tão aguardado sucessor de "Confessions On A Dancefloor ", vem aí! Com estreia marcada para o final do mês de Abril (28/04/08), "Hard Candy " promete mais uma reviravolta na sonoridade de Madonna . O álbum está a alguns passos de distância da super polida produção do disco anterior, apontando para uma produção mais urbana, com influencias hip-hop e com, batidas funk, contando com a produção de Timbaland , Pharrell e colaboração de Justin Timberlake .
O primeiro single será "4 Minutes", música que ilegalmente já foi para o ar pela mão de um Dj francês na NRJ . Trata-se de um dueto com Justin Timberlake , que a mim, que tive a felicidade de já ter conseguido ouvir a música, soa-me a um "regresso às origens", ao primeiro álbum de Madonna . A canção tem algo de "Burning Up " ou "Everybody ", mas não tão cru, tão puro, sendo evidente o cunho de Timbaland .
Não acredito que "Hard Candy " seja um mega sucesso como "COAD ", mas seguramente será um trabalho com a qualidade a que Madonna já nos habituou...*****
Little girl don't you forget her face
Laughing away your tears
When she was the one who felt all the pain
Little girl never forget her eyes
Keep them alive inside
I promise to try -- it 's not the same
Don't let memory play games with your mind
She's a faded smile frozen in time
I'm still hanging on -- but I'm doing it wrong
Can't kiss her goodbye -- but I promise to try ..."
Madonna (1989)
Por ironia do destino, 14 anos depois, estive frente à cama de hospital onde a minha mãe morreu...
Pensei que seria um momento muito mais sereno, psicologicamente , menos agressivo! Mas não foi...
Inesperadamente a mãe do "meu rapaz" teve necessidade de ser assistida nos cuidados intensivos do hospital da sua área de residência , por um motivo grave de saúde. Tal facto levou-nos inesperadamente numa vista até à província , de onde somos oriundos, para visitar a senhora.
Mesmo sabendo que ela estava internada no mesmo local onde a minha mãe tinha agonizado até à morte, não tive tempo, nem a preocupação de me preparar psicologicamente para voltar ali. Afinal tinham passado 14 anos, as feridas estavam saradas e a saudade também já teve tempos em que foi mais insuportável do que é hoje.
A verdade é que quando entrei naquela sala, naquele ambiente frio, tecnologicamente "apetrechado ", mas gelado sentimentalmente, todas as recordações dispararam em catadupa na minha cabeça... A cama onde ela morreu estava vazia... Curioso, vazia, como o que se o vazio que ela deixou, se materializasse ali à minha frente. Foi quase como uma viagem numa montanha russa, a alta velocidade. Os flashes de memória, das vivências, dos sentimentos, do desespero, do medo, da incerteza, vividos à anos atrás, que julgava enterrados e resolvidos, subiram à tona e passaram pela minha mente numa sequencia vertiginosa.
Enquanto isso a minha "sogra" estava ali, deitada numa cama de hospital... aproximei-me e beijei-a. Recordei nesse momento a última vez que beijei a minha mãe viva, em coma. Na altura também cheguei junto dela, beijei-a e disse-lhe ao ouvido: "está tudo bem mãe, o pior já passou..."; na certeza porem de que lhe estava a mentir, de que estava a mentir-lhe para a tranquilizar, porque de facto ela não estava bem. Não voltei a dizer-lhe mais nada em vida, foi a última visita que lhe fiz, as últimas palavras que lhe disse...
A morte da minha mãe foi possivelmente o momento mais marcante de toda a minha vida. É duro para um "puto" de 19 anos, cuja relação com o pai nunca foi pacifica, cujos irmãos se encontram distantes, perder a mãe. Perder a pessoa que sempre nos admirou, que sempre nos apoiou, que sempre nos amou incondicionalmente.
Eu pensava que todos estes fantasmas, relacionados com a morte da minha mãe estavam mortos e enterrados, mas hoje tive a confirmação de que durante estes 14 anos, todos eles estiveram apenas adormecidos...
. Por onde costumo passar
. Hereges
. O Mundo Gay (Quase) Perfeito!
. Ser Gay
. À noite e fora de casa
. Dama de Ferro (Rio de Janeiro)
. Os maiores de 18...
. CockMart
. Gay Tube
. Gayleria
. O PROMETIDO É DEVIDO SR. ...
. SOBRE OS TRAIDORES DA PÁT...
. CANSADO
. FCKH8